Críticas ao Novo FIES
Ensino superior privado reforça críticas ao Novo Fies após aval do Senado
Por Gabriela Mello
SÃO PAULO (Reuters) – A aprovação pelo Senado Federal da medida provisória com novas regras para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a partir de 2018 desagradou representantes do setor de ensino superior privado, que alertam para dificuldades no preenchimento das 310 mil vagas ofertadas.
“Uma proposta que recebeu 278 emendas não pode ser boa, mas tudo indica que vai ser sancionada (pelo presidente Michel Temer) da forma como foi aprovada pelo Congresso Nacional”, afirmou à Reuters o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas.
A MP divide o programa em três faixas, das quais apenas uma será financiada com recursos da União, ofertando 100 mil vagas com juro real zero para estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos.
As demais se destinarão a alunos com renda familiar per capita mensal de até cinco salários mínimos, tendo como fonte de financiamento bancos regionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e fundos constitucionais para a categoria 2, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na modalidade 3.
Embora o juro real seja zero na Faixa 1, Caldas criticou o fato de o financiamento ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que pode variar mais ou menos que a taxa de juro fixa de 6,5 por cento ao ano cobrada na versão anterior do Fies.
No caso das outras duas, o diretor executivo da Abmes lembra que, como o risco recai sobre os bancos, a tendência é de uma análise de crédito mais restritiva. “Os alunos que mais precisam não vão conseguir preencher os requisitos”, explicou Caldas… Continue Lendo…