Crise tirou 170 mil jovens das IES
“Isso também tem a ver com o aumento da oferta do ensino superior e com o maior acesso às universidades nos anos anteriores à crise. A evasão é naturalmente grande, mas em 2017 foi pior pelas restrições de emprego e de renda”, avalia o economista Cosmo Donato, da LCA.
“O aumento da evasão faz todo o sentido, também pela redução da oferta do Fies (programa de financiamento estudantil) nesse período. O que a gente chama de restrição de crédito para os estudantes foi muito grande nos anos de crise, sem financiamento e, vendo a renda da família diminuir, o jovem acaba não tendo uma outra saída.”
Com a erosão das contas públicas, o governo também restringiu o acesso ao Fies. Em 2017, foram 98,9 mil contratos. Esse número tem caído desde 2014, quando foram 732,7 mil.