Na abertura do CBESP, ministro da educação fala em crescimento e liberdade para o setor.
“O setor da educação superior vai crescer acima da média nos próximos anos se o Brasil der certo”. Foi com essa previsão otimista que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, selou sua participação na 12ª edição do Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP), que começou hoje (6) em Belo Horizonte/MG. O evento é promovido pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular e realizado pela Linha Direta.
A afirmação do ministro tem como base o crescimento econômico que deve ser impulsionado após a aprovação da nova previdência. “A economia do Brasil vai crescer 3% a partir do final deste ano e manter esse índice em 2020”, aposta.
Mais autonomia
Outro ponto que motivou a plateia presente ao Congresso foi o reforço do posicionamento com relação à ampliação da autonomia para o setor. Mantendo a tônica de que o atual governo é “liberal na economia e tradicional nos costumes”, Weintraub ressaltou a relevância do setor particular de educação superior. “O Estado, por meio dos impostos, não tem condições de atender à demanda atual, e terá menos ainda quando o número de interessados aumentar nos próximos anos [resultado do crescimento econômico]”.
Além disso, “qual a razão de criar um monte de regras entre uma pessoa que quer estudar e uma instituição que quer ensinar?”, pontou o ministro. “Esse governo e o Ministério da Educação querem dar liberdade para vocês trabalharem. Suas propostas e projetos são muito bem-vindos”.
A relevância do setor particular também foi ressaltada pelo presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi, presente à sessão solene de abertura.
Diversidade no contexto da educação
Responsável por abrir e dar a tônica do evento, o secretário executivo do Fórum e diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Celso Niskier, defendeu a importância da educação superior particular como instrumento que livrará o país das amarras do atraso e o conduzirá ao futuro. “Ao escolher inovação, queremos refletir sobre como nossas instituições de educação superior estão se preparando para um contexto cada vez mais volátil, complexo e ambíguo”.
Niskier também enfatizou a importância da diversidade para o desenvolvimento da nação. “A diversidade deve ser uma fonte de prosperidade e nunca de conflito”.
A 12ª edição do Congresso Brasileiro da Educação Superior (CBESP) reúne mais de 500 pessoas entre mantenedores, reitores, especialistas em educação e autoridades governamentais na capital mineira, Belo Horizonte.Veja a matéria original