Especialistas dizem que educação precisa de nova regulamentação para 2021
As escolas pós-pandemia de coronavírus deveriam ter regras menos rígidas, defende Ademar Batista Pereira, professor e presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares. “Ainda é cedo para dizer, mas a escola em 2021 terá que pensar em outras maneiras de avaliar o aluno”, afirmou Pereira na edição de hoje do UOL Debate sobre volta às aulas. “Ano que vem será o [ano] de uma escola diferente do que começamos em 2020. Uma coisa é ter ensino remoto até o final do ano, mas vamos ter que pensar para o ano que vem. As coisas não vão mudar, o vírus não vai desaparecer, vamos ter que aprender a conviver”, afirmou o representante das instituições privadas.
Critérios como a frequência em sala de aula, segundo Pereira, vão precisar ser revistos: “A partir de agora, não será possível ter regras tão rígidas, é o grande debate que precisamos fazer. A família precisa assumir o protagonismo, a escola tem que chamar a família”. Também participaram da discussão Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) e membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Suely Menezes, pedagoga e conselheira na Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação); Hermano Castro: diretor da Escola de Saúde Pública da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz); e Ademar Batista Pereira, professor e presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares. A mediação foi de Ana Carla Bermúdez, repórter do UOL especializada em educação.